Carisma e Espiritualidade

O carisma de uma Congregação é uma inspiração do Espírito Santo. Inicia-se com o Fundador e, através dele, chega aos demais membros que o desenvolvem através de seus próprios dons e das circunstâncias nas quais atuam. A espiritualidade própria de uma congregação é como o combustível que anima os membros a levarem adiante o carisma.

Em síntese: o carisma da Congregação é: “Ser presença eucarístico-mariana no meio do povo com quem trabalha, organizando-o e, ao mesmo tempo, contagiando-o com ardor missionário”  

O Carisma da Congregação dos Missionários Sacramentinos demonstra sua vitalidade sempre que os religiosos, unidos congregacionalmente, sentem os apelos da Igreja, deixam-se impulsionar por Deus, e se empenham na evangelização:

  • anunciando Jesus e seu Reino;
  • dando testemunho de vida evangélica no meio do povo;
  • exercendo um trabalho permanente de animação missionária.

Este carisma, vivido a partir da nossa espiritualidade sacramentina, vai formando a nossa congregação como um corpo missionário. Cada membro deste corpo vai adquirindo um jeito de ser sacramentino, herdado do Fundador. Esse “jeito de ser” é demonstrado:

a) No amor à Igreja. O sacramentino não age sozinho, mas em nome da Congregação e da Igreja de Jesus Cristo. Nossas constituições nos lembram que o sacramentino é “marcadamente eclesial”.

b) No amor à Congregação: Nosso senso de pertença à Congregação nos leva a valorizar uns aos outros, e ter um grande carinho pela nossa herança espiritual e pela missão confiada a nós.

c) No amor ao povo: Nossa meta maior é a missão. Queremos ajudar as pessoas com quem trabalhamos a viverem de forma eucarística, no seguimento de Jesus. Seguindo São Paulo, por causa do Evangelho os sacramentinos fazem tudo (1Cor 9,23).

d) Na vida fraterna: nosso desejo é formar uma fraternidade em Cristo, vivendo como irmãos uns dos outros. Procurando viver unidos segundo ensina o Evangelho, queremos ser no mundo um testemunho de vida cristã.

O carisma missionário do fundador, passado à Congregação e por ela atualizado, tem como sustentáculo a espiritualidade sacramentina. “Ela é inspirada no seguimento de Jesus, o Missionário do Pai, à imitação de Maria. A Eucaristia, centro e ápice de nossa Vida Religiosa, foco e fonte inspiradora de nossas atividades missionárias, leva-nos a visibilizar entre os homens os seus frutos: partilha, fraternidade, vida missionária, organização do povo. Maria, Mãe do Redentor e da Igreja, está intimamente unida ao mistério missionário do Cristo Eucarístico que realiza, hoje e sempre, na Igreja, sua missão salvadora; ela é para nós inspiradora de vida missionária, ensinando-nos a contemplação, a escuta da Palavra de Deus e a presença atenta às necessidades do povo (João 2,1-11)”.

A Eucaristia foi a raiz da vida missionária do fundador e dos seus seguidores. O missionário sacramentino, por sua vivência eucarística, a exemplo do fundador, quer ser uma constante presença no meio do povo, presença que alimenta e dá vida.

Maria foi a inspiradora da vida missionária do fundador e, consequentemente, da nossa Congregação. Ela é inspiradora da nossa missão porque ela foi uma contemplativa do mistério eucarístico e foi uma presença atenta às necessidades do povo.

Os sacramentinos hoje, “com Maria, Senhora da Eucaristia”, a exemplo do fundador, têm como ideal a “entrega total da vida a Deus e aos irmãos”, lembram-nos as nossas Constituições.

Essa entrega total é a vivência constante do sacramentino que não se esquece de que Jesus, na sua memorável última ceia, tomou o pão, partiu e o deu aos seus…  Sim, Eucaristia é pão, é corpo vivo tomado, partido e doado… é sangue derramado… (Lc 22,19-20).

Por isso, no seu dia-a-dia, o sacramentino deverá se sentir tomado, partido e doado.

Tomado: o sacramentino deverá ser uma pessoa tomada por Deus. Uma pessoa consagrada para a missão. Deve se sentir chamado pelo próprio Jesus, com seu “vem e segue-me” (Mt 19,16-21).

Partido: o sacramentino deverá ser uma pessoa partida e repartida. Até “quebrada” (triturada, para usar a expressão de Santo Inácio de Antioquia). A missão sacramentina exige isso.

Doado: a saber, dado por Deus ao povo. O sacramentino não pertence a si mesmo. Não existe para si. Ele existe para o Reino.

Nossa espiritualidade eucarístico-mariana, a exemplo de nosso Fundador, se expressa nas práticas de oração que nos ajudam a perseverar na vocação e encontrar forças para a missão. Os missionários sacramentinos, dentre outras práticas espirituais, tem grande apreço:

a) Pela Eucaristia, seja na celebração da missa ou na visita ao Santíssimo Sacramento, renovando a entrega de nossa vida a Deus e aos irmãos.

b) Pela devoção mariana, na oração do Rosário e na celebração das festas marianas, contemplando Maria como nossa mestra de vida espiritual.

c) Pelo Ofício Divino, que prolonga em união com toda a Igreja o louvor eucarístico. Por meio dele, intercedemos continuamente por toda a humanidade.

d) À Palavra de Deus, em cuja intimidade encontramos alimento diário. Reservamos tempo para a meditação assídua da Sagrada Escritura.

e) Ao sacramento da Penitência, pedindo perdão a Deus e aos irmãos por tudo o que nos desvia da missão. Nele encontramos a paz e a alegria da ressurreição.

f) À intimidade com Deus, na vivência do retiro espiritual mensal e anual. No silêncio e no encontro com o Senhor, refazemos nossas forças missionárias.

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